Vivemos um momento extremamente impactante na sociedade. Nunca antes uma doença se espalhou tão rapidamente no mundo. Esse cenário é muito complicado, se refletindo em aumento considerável de gastos e até mesmo gerando dívidas junto a terceiros, familiares, Instituições Financeiras, cartão de crédito, etc.

A quantidade de informações diuturnamente disponibilizadas sobre a pandemia, em sua essência tem gerado tremenda ansiedade, às vezes gastos desnecessários.

É muito importante não ser conduzido pela massificação das informações, mas sim, sempre buscar e priorizar informações geradas a partir de fontes confiáveis.

É necessário o enfrentamento do quadro pandêmico com clareza e seriedade. Por exemplo: por hábito o cidadão brasileiro opta por automedicação, correndo-se às vezes o risco de se obter os efeitos contrários ao desejado. Não se pode abrir mão dos cuidados/zelos em relação à saúde das pessoas, entretanto, o comportamento desenfreado às vezes por automedicação desnecessária, pode acarretar o acréscimo substancial de suas despesas, excluídos desta, as pessoas com poder aquisitivo mais do que suficiente, entretanto, os menos abastados, por certo sofrem muito mais com a perspectiva de aumento de seus gastos, em relação aos seus rendimentos, de quaisquer natureza.

Esse pode ser um momento oportuno para estudar e conhecer mais sobre finanças pessoais e educação financeira.

Apesar de tudo, é preciso organizar minha vida financeira, por quê?

A educação financeira faz a diferença – gastar menos do que se ganha. Esta é a receita para se ter uma vida financeira tranquila, principalmente em circunstâncias as quais passamos.

O problema é que a relação com o dinheiro não é simplesmente matemática, mas também comportamental. A educação financeira ajuda a racionalizar os impulsos de compra contribuindo para uma melhor qualidade de vida. É muito mais que isso. É buscar uma melhor qualidade de vida tanto hoje quanto no futuro, proporcionando a segurança material necessária para aproveitar os prazeres da vida e ao mesmo tempo obter uma garantia para eventuais imprevistos.

Então o que se deve fazer? organizar e elaborar o controle do fluxo de caixa.

Isto significa, registrar todos os recebimentos e pagamentos e apurando o saldo final, diária, semanal ou mensalmente.

A elaboração de orçamento familiar não é apenas “Anotar as despesas realizadas”.

O orçamento envolve: planejar, eleger prioridades, controlar seu fluxo de caixa.

Não é uma tarefa fácil, porém, é necessária para quem tem planos para o seu futuro e o de sua família.

O orçamento irá ajudá-lo a entender seus hábitos de consumo.

Estabelecer objetivos comuns e conversar francamente sobre as finanças com a família é o caminho para que cada um esteja comprometido e faça sua parte.

É a forma de garantir a estabilidade das finanças no presente, visando prevenir o futuro.

Será isto verdade ou mentira?

Como fazer?

Discrimine as receitas: salário, rendas, pró-labore, em seus valores líquidos -(rendimentos/remunerações salariais, dentre outros créditos).

Discrimine as despesas fixas: luz, gás, água, telefone, aluguel, condomínio, transporte, Educação, assistência médica, alimentação, IPVA, despesas financeiras e outras.

Considere, também, despesas eventuais, como: gastos com remédios, consertos em geral, cabeleireiro, manutenção de veículo(s), lazer, prestações, taxas, impostos, cheques pós datados e outras. Em resumo, identificar de forma clara e consistente o caminho das saídas financeiras.

As informações precisam estar identificadas e alocadas corretamente, para que seja possível analisar e entender as “causas” de eventuais dificuldades. Não deve ser complexa e não tem que ser complicada, mas, deve ter um sistema eficiente Previsão/Avaliação permanente: devem-se fazer orçamentos das contas básicas (receita, despesa e investimento) que sirvam como instrumento para orientar o uso dos recursos financeiros.

A avaliação das diferenças entre previsão e realizado é fundamental para que se possam corrigir ou manter o curso planejado.

Não desista, mas também não espere soluções rápidas ou milagrosas. Dê um passo a cada dia. Pode não parecer, mas no longo prazo você se surpreenderá com os resultados.

Dicas importantes:

Estabeleça seus objetivos.

Elabore um plano realista para seus ganhos e despesas futuros, com base na sua situação atual e nos objetivos estabelecidos.

Afinal, o que devo fazer para ter saúde financeira e o que isto significa?

É decidir antecipadamente o que fazer, de que maneira, quando, de forma flexível e fundamentada em conhecimentos, estimativas e finalidades.

Decidir sobre um conjunto de providências a serem tomadas para a situação em que o futuro tende a ser diferente do passado e, que se tenha condições e meios de agir sobre as variáveis e fatores.

Finanças pessoais não são nada sem controle.

E como você não controla o que não vê, o resultado é extremamente negativo.

Prof º Me Ezio Pedro Xavier. Julho/2020.